O governo apresentou a revisão dos parâmetros macroeconômicos. A projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018 passou de 2% para 3%, o IPCA de 4,2% para 4% e o câmbio ficou mantido em R$ 3,3.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a projeção do PIB para 2018 de 3% é conservadora e sólida, sendo resultado do controle fiscal, como a implementação do teto dos gastos e das reformas em geral. “Houve aumento da confiança, do investimento e do consumo das famílias”, afirmou.
Na avaliação do ministro, o principal fator de impulsão na taxa de crescimento em comparação com as expectativas anteriores foi a desalavancagem das empresas, que reduziram seu endividamento, assim como as famílias. Paralelamente, houve a descompressão da política monetária, que passou de restritiva para expansiva, com taxas de juros reais mais baixas. “As companhias também começaram a investir, a comprar e repor capital de giro”, completou.
A equipe econômica também revisou os parâmetros para 2017: o crescimento previsto passou de 0,5% para 1,1%. O IPCA de 2017 passou de 3,2% na revisão anterior para 2,9%, segundo o Banco Central. Meirelles indicou que a mudança da política monetária do Banco Central também impulsionou o processo de crescimento, considerando-se a evolução da inflação.
O ministro ainda destacou que as reformas em andamento contribuem para reduzir a taxa de juros estrutural, que é o risco país: saiu de 360 para o nível atual, acima de 160.
Impactos
O governo atribui ainda a alta na nova projeção do PIB em 2018 ao crescimento tendencial da economia (quanto a economia cresce no longo prazo) e aos efeitos das políticas fiscal e monetária. A equipe econômica estima que, com a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso, a previsão de alta do PIB suba de 3% para 3,3% em 2018. Sem a aprovação, a estimativa cai de 3% para 2,85%.
O ministro da Fazenda disse ter a expectativa de ver aprovada a reforma da Previdência até março de 2018. “Na hipótese extrema de não ser aprovada terá um impacto negativo difícil de ser medido. Não acredito que esteja tudo precificado. Mas sem a aprovação, o próximo governo enfrentará um desafio enorme”, acrescentou.
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